segunda-feira, 14 de abril de 2008


Impactos Ambientais da Amazónia


Os impactos ambientais causados pela desflorestação são diversos: a emissão de gases de efeito estufa é a principal causa dos impactos de actividades humanas no sistema de clima assim como o uso de combustíveis fóseis nos países desenvolvidos. Estima-se que a desflorestação já seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais, com algumas estimativas ainda mais altas.
A principal fonte global de emissões pela desflorestação proveniente das florestas tropicais.
A desflorestação tropical está ocorrendo a taxas crescentes e os países que mais desmatam são: Brasil, Indonésia, Sudão, Zâmbia, México, República Democrática de Congo, e Myanmar, que já perderam mais de 71 milhões de hectares de florestas entre 1990 e 2000. Cada um destes países perdeu uma média anual de pelo menos 500.000 há de florestas.
O Brasil (com desflorestação anual média de 2,3 milhões de ha) e Indonésia (com desflorestação anual média de 1,3 milhões de há) lideram a lista de destruição florestal.
A desflorestação tropical e a degradação das florestas são a principal causa de perda de biodiversidade no planeta e estão contribuindo para uma extinção em massa de espécies, em um índice 100 a 1.000 maior do que o que poderia ser considerado normal no tempo evolutivo.
Estima-se que as mudanças climáticas, que são uma das consequências da desflorestação, possam afectar os ecossistemas e as espécies de diversas maneiras e, por esta razão, já são consideradas uma ameaça adicional à biodiversidade.
As florestas tropicais podem ser muito susceptíveis aos efeitos das mudanças climáticas. Serviços ambientais fundamentais nos ecossistemas florestais tropicais estão em risco devido às mudanças climáticas, tal como a manutenção do ciclo das águas e o balanço de carbono na atmosfera. Isto representa uma enorme ameaça adicional à biodiversidade das florestas tropicais.
Alterar a dinâmica dos ecossistemas florestais tropicais pode afectar o balanço de carbono da Terra, alterar os ciclos de água e energia e, portanto, afectar o clima.
O interesse entre a desflorestação e as mudanças climáticas pode levar as florestas tropicais a entrarem num ciclo vicioso extremamente perigoso, em que, por um lado, a desflorestação representa uma fonte importante de emissões de gases de efeito estufa e, por outro, as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade das florestas tropicais aos incêndios florestais e ao desmatamento, e aceleram a conversão de florestas em ecossistemas muito mais secos e mais pobres em espécies, resultando em enormes emissões ao longo do processo.
Mas não são apenas o clima e a biodiversidade que são afectados pelo desmatamento.
Milhões de pessoas que vivem e dependem das florestas também são dramaticamente ameaçadas.
A desflorestação em regiões em desenvolvimento como a Amazónia, está frequentemente associada à violência e ameaças contra os povos indígenas e comunidades locais e tradicionais, que são expulsas de suas terras.
O trabalho escravo ou degradante também está ligado normalmente à destruição de florestas em diversos países.
A desflorestação é, portanto, um enorme problema, com sérios impactos sobre o clima, a biodiversidade e as pessoas.
São necessárias acções urgentes para combater esse mal. Para ajudar a prevenir as mudanças climáticas perigosas é absolutamente necessário que se estabeleçam medidas eficientes contra a desflorestação tropical.
Isto será importante não apenas para o clima do planeta, mas também para a manutenção da biodiversidade e para o sustento e a segurança de milhões de pessoas que dependem destas florestas.

Sem comentários: